terça-feira, 16 de novembro de 2010

O Grande deus entretenimento

Há muitos anos um filósofo alemão disse alguma coisa no sentido de que, quanto mais um homem tem no coração, menos precisará de fora; a excessiva necessidade de apoio externo é prova de falência do homem interior. Se isto é verdade (e eu creio que é), então o desordenado apego atual a toda forma de entretenimento é prova de que a vida interior do homem moderno está em sério declínio. O homem comum não tem nenhum núcleo central de segurança moral, nenhum manancial em seu peito, nenhuma força interior para colocá-lo acima da necessidade de repetidas injeções psicológicas para dar-lhe coragem para continuar vivendo. Tornou-se um parasita no mundo, extraindo vida do seu ambiente, incapaz de viver um só dia sem o estímulo que a sociedade lhe fornece. Schleiermacher afirmava que o sentimento de dependência está na raiz de todo culto religioso, e que por mais alto que a vida espiritual possa subir, sempre tem que começar com um profundo senso de uma grande necessidade que somente Deus poderia satisfazer. Se este senso de necessidade e um sentimento de dependência estão na raiz da religião natural, não é difícil ver por que o grande deus Entretenimento é tão ardentemente cultuado por tanta gente. Pois há milhões que não podem viver sem diversão. A vida para eles é simplesmente intolerável. Buscam ansiosos o bendito alívio dado por entretenimentos profissionais e outras formas de narcóticos psicológicos como um viciado em drogas busca a sua injeção diária de heroína. Sem estas coisas eles não poderiam reunir coragem para encarar a existência. Ninguém que seja dotado de sentimentos humanos normais fará objeção aos prazeres simples da vida, nem às formas inofensivas de entretenimento que podem ajudar a relaxar os nervos e revigorar a mente exausta de fadiga. Essas coisas, se usadas com discrição, podem ser uma bênção ao longo do caminho. Isso é uma coisa. A exagerada dedicação ao entretenimento como atividade da maior importância para a qual e pela qual os homens vivem, é definitivamente outra coisa, muito diferente. O abuso numa coisa inofensiva é a essência do pecado. O incremento do aspecto das diversões da vida humana em tão fantásticas proporções é um mau presságio, uma ameaça às almas dos homens modernos. Estruturou-se, chegando a constituir um empreendimento comercial multimilionário com maior poder sobre as mentes humanas e sobre o caráter humano do que qualquer outra influência educacional na terra. E o que é ominoso é que o seu poder é quase exclusivamente mau, deteriorando a vida interior, expelindo os pensamentos de alcance eterno que encheriam a alma dos homens, se tão-somente fossem dignos de abrigá-los. E a coisa toda desenvolveu-se dando numa verdadeira religião que retém os seus devotos com estranho fascínio, e, incidentalmente, uma religião contra a qual agora é perigoso falar. Por séculos a igreja se manteve solidamente contra toda forma de entretenimento mundano, reconhecendo-o pelo que era — um meio para desperdiçar o tempo, um refúgio contra a perturbadora voz da consciência, um esquema para desviar a atenção da responsabilidade moral. Por isso ela própria sofreu rotundos abusos dos filhos deste mundo. Mas ultimamente ela se cansou dos abusos e parou de lutar. Parece ter decidido que, se ela não consegue vencer o grande deus Entretenimento, pode muito bem juntar suas forças às dele e fazer o uso que puder dos poderes dele. Assim, hoje temos o espantoso espetáculo de milhões de dólares derramados sobre o trabalho profano de providenciar entretenimento terreno para os filhos do Céu, assim chamados. Em muitos lugares o entretenimento religioso está eliminando rapidamente as coisas sérias de Deus. Muitas igrejas nestes dias têm-se transformado em pouco mais que pobres teatros onde '"'produtores" de quinta classe mascateiam as suas mercadorias falsificadas com total aprovação de líderes evangélicos conservadores que podem até citar um texto sagrado em defesa da sua delinqüência. E raramente alguém ousa levantar a voz contra isso. O grande deus Entretenimento diverte os seus devotos princi¬palmente lhes contando estórias. O gosto por estórias, característico da meninice, depressa tomou conta das mentes dos santos retardados dos nossos dias, tanto que não poucas pessoas pelejam para construir um confortável modo de vida contando lorotas, servindo-as com vários disfarces ao povo da igreja. O que é natural e bonito numa criança pode ser chocante quando persiste no adulto, e mais chocante quando aparece no santuário e procura passar por religião verdadeira.Não é uma coisa esquisita e um espanto que, com a sombra da destruição atômica pendendo sobre o mundo e com a vinda de Cristo estando próxima, os seguidores professos do Senhor se entreguem a divertimentos religiosos? Que numa hora em que há tão desesperada necessidade de santos amadurecidos, numerosos crentes voltem para a criancice espiritual e clamem por brinquedos religiosos? Lembra-te, Senhor, do que nos tem sucedido; considera, e olha para o nosso opróbrio. . . . Caiu a coroa da nossa cabeça; ai de nós porque pecamos! Por isso caiu doente o nosso coração; por isso se escureceram os nossos olhos." Amém. Amém.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Pentencostes



Lorde Montgomery, aquele imprevisível Marshall Inglês, disse recentemente que a Inglaterra entrou na Segunda Guerra Mundial equipada para lutar a Primeira Guerra Mundial. Isto foi um modo gentil de dizer que na Segunda Guerra Mundial a Inglaterra estava atrasada em equipamento e estratégia para batalha.
Quando o Sr. Christopher Wren desenhou a grande catedral de São Paulo em Londres, ele planejou uma coisa de permanente beleza e imarcescível encanto, porém não a pediu com ar condicionado. Quando George Stephenson construiu seu potente motor, ele não era silencioso e à diesel, mas uma máquina pouco motorizada que assobiava. Em outras palavras, tanto Wren como Stephenson subestimaram as necessidades de nossos dias, pois projetaram unicamente para os seus dias.
Muitos têm hoje um patrocínio benevolente da igreja de Jesus Cristo (ou do que eles equivocadamente pensam ser a igreja de Jesus Cristo). Estes "sábios" pensam que estes santos que ainda cantam salmos estão tão fora de lugar com a era atômica, como uma bicicleta sem valor estaria comparada com um motor comprimido numa rodovia de quatro vias. Foi Jesus Cristo culpado, então, de subestimar a necessidade deste século vinte? É a Igreja que Cristo fundou uma coisa enfadonha e de lenta mudança, gravemente necessitando de uma gigantesca revisão e de um subsídio do governo para conseguir ser atualizada e comovente? Não! A igreja não necessita de auxílio do estado.
Admitimos, contudo, que a Igreja necessita de um poderoso recondicionamento pelas mãos Divinas, isto é, ela necessita o batismo com o Espírito Santo e com fogo. Quando o Senhor Jesus Cristo ascendeu aos céus no Monte das Oliveiras, Ele declarou aos seus discípulos que eles deveriam "esperar a promessa do Pai" - o "batismo do Espírito Santo" com seu poder resultante.
A promessa foi exclusiva - "Vós recebereis poder". Quem recebeu esta promessa? Somente os seguidores de Cristo.
A promessa foi emocionante - "Vós recebereis poder". Em ávida antecipação desta benção, a espera podia ver toda sua fraqueza evaporando no batismo de fogo.
A promessa foi explícita - "Não muito depois destes dias".
A promessa foi expansiva - Esta coisa não era para ser feita em uma esquina, nem sussurrada entre os redimidos. Ela deveria estender-se através deles à Judéia, Samaria, e até aos confins da terra.
A promessa foi exaltante - No mundo inteiro das coisas criadas não há poder maior do que o do Espírito Santo de Deus. Eles foram cheios com o Espírito do Deus vivo. A terra não poderia ter nenhuma honra maior do que esta.
Anjos, contemplai e maravilhai-vos!
Cada coisa que há em cima nos céus, ou em baixo na terra, ou nas águas debaixo da terra - todas estas são obras dos Seus dedos e Poderoso é Aquele que condescendeu em vir e habitar entre os mortais.
Mas apesar do Pentecostes significar poder aos discípulos - ele também significou prisão para eles. Pentecostes significava revestimento - ele também significava exclusão. Pentecostes significava favor com Deus - ele também trazia ódio da parte dos homens. Pentecostes trouxe grandes milagres - ele também trouxe poderosos obstáculos. Pentecostes trouxe unção para os pregadores do cenáculo - ele também trouxe unção para um mero diácono que virou Samaria de cabeça para baixo.
Na Europa, o Domingo de Pentecostes é sempre chamado Domingo Branco, e as crianças usualmente vestem-se de branco. Os discípulos foram "feitos brancos" no primeiro Pentecoste - isto é, seus corações foram "purificados pela fé" (Atos 15:8,9). Esta purificação é uma ênfase perdida atualmente na interpretação do Batismo com o Espírito. Sob o título de igrejas cheias do Espírito, há algumas coisas estranhas e frívolas operando no presente.
Se muita ênfase não fosse dada aos dons do Espírito, então não seria tão pouco falado sobre os frutos do Espírito. Note quão poucos livros disponíveis falam sobre os frutos do Espírito; porém, quantos sobre os dons do Espírito. Todavia o Filho de Deus disse: "Pelos seus frutos os conhecereis".
A primeira coisa essencial para a vinda do Espírito Santo em um coração hoje é: que o coração esteja limpo do pecado, porque o Espírito Santo não enche um coração sujo. O que Deus limpou, Ele então enche. Finalmente, quem Deus enche, Ele usa. Uma vida santa é o autêntico sinal de ser cheio do Espírito.
Necessitamos hoje de um reavivamento de vida santa. Porque temos que pendurar um letreiro do lado de fora de nossas igrejas para anunciar que somos Fundamentais e Bíblicos? Porque sem um letreiro ninguém poderia nos identificar? Quando passei por uma cidade que há poucos dias tinha sido despedaçada por um tornado, lhes asseguro que não precisava que alguém me contasse que um poderoso vento tinha despedaçado o lugar. Um incêndio não necessita de publicidade. Quando o fogo do Espírito Santo cai novamente e o poderoso vento do Espírito vem (estou certo de que Ele está vindo), então nossa "sarça" queimará também, e um Moisés tornará a ver uma grande visão. Assim pois, venha Espírito Santo! Venha rapidamente!

Por Leonad Ravenhill

terça-feira, 20 de julho de 2010

Quem incendiará a terra?

"Vim lançar fogo à terra; e que mais quero, se já está aceso?
Há um batismo em que hei de ser batizado; e como me angustio até que venha a cumprir-se!
Cuidais vós que vim trazer paz à terra? Não, eu vos digo, mas antes dissenção:
pois daqui em diante estarão cinco pessoas numa casa divididas, três contra duas, e duas contra três; estarão divididas: pai contra filho e filho contra pai; mãe contra filha e filha contra mãe; sogra contra nora e nora contra sogra." (Lc. 12: 49-52)

Não sei como a igreja do nosso tempo pode admitir que Cristo tenha dito algo assim?
Também não sei como o Criador pode nos tolerar, por tanto tempo sem nos vomitar de Sua boca?
E tudo porque pecamos...
Tiramos Deus de Seu lugar... Deixamos de lado Sua vontade... Suavisamos Sua angustia. E tudo para que as pessoas se sintam bem...
A nossa Teologia de prosperidade e triunfalismo inverteu os papeis. O réu bate o martelo e o Juiz senta-se em seu lugar... É mais ou menos assim que tudo funciona. E o pior, a culpa da igreja não é menor do que a dos pregadores. Mas nem sempre foi assim.
Elias era um homem semelhante a nós. Mas ele em nada se assemelha aos profetas atuais. Ao contrario de Elias, eles estão preocopados em amaciar o ego dos pecadores e se esqueceram da mensagem que liberta. É bem certo que o grande profeta não pestanejou ao dizer ao povo que só o SENHOR é Deus. Ele não se importava se "sua igreja" o seguiria, as pessoas não precisavam se agradar de sua mensagem e aqueles que se juntaram aos idolatras foram mortos ao fio da espada. Da mesma forma as palavras de João Batista eram cortantes como faca e penetrantes como "espada de dois gumes". As multidões se amontoavam para ouvi-lo. As pessoas saiam da cidade para ourir a "Voz do que clama no deserto". E o mais incrivel é que elas não eram desafiadas a ganhar, mas a deixar. Não havia alguém gritando que elas precisavam vencer, antes disso elas tinham que perder...
Estes homens eram estranhos, eles não seguiam assim como os outros, o curso do seu tempo. Não eram belos e nada havia que aparentemente pudesse atrair pessoas a eles. Mas havia algo. Eles falavam a verdade. Não é repetitivo dizer que eles não teriam lugar garantido nos pulpitos de hoje e nem mesmo Jesus Cristo o teria. Porque seriamos aterrorizados pelos fogo de suas palavras, de seus olhos, de seus corações...
É triste pensar que a igreja atual se reúne apenas para que algo lhe faça sentir bem e o arrependimento fica do lado de fora. Falar sobre o inferno é proibido porque alguém pode se sentir ofendido e não retornar mais.
O desejo de ser aceito não deveria atormentar o coração de um pregador, mas o fogo do inferno sim e o clamor das almas também. Pois "uma verdade que não pode ser dita não vale a pena ser vivida!!!" E é claro que nós não queremos cumprir a vontade do Pai, assim como Cristo o fez. Não queremos arriscar nossas cabeças, posições e status pela verdade. Afinal quem neste tempo quer ser conhecido por atear "fogo à terra".
A verdade é que não sei responder à pergunta que ecoa por séculos, como escaparemos nos (primeiro os pregadores) se "negligenciarmos" tão grande salvação.
Que o fogo volte a arder em nossos corações!!!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Transbordando em um Propósito

Temos observado os muitos questionamentos a respeito da Igreja dos nossos dias e nos perguntamos se as criticas provem do amor ou de sentimentos de insatisfação e justiça própria. Sabemos da necessidade da existência de profetas, sendo este o nosso objetivo, levantar-se em um posicionamento profético, mas é sempre bom questionar as motivações. Por isso estamos aqui para transmitir a nossa visão.
Certa vez ouvimos uma observação de A.W. Tozer que dizia: “Se o Espírito Santo fosse retirado da Igreja neotestamentária 90% de suas atividades cessariam imediatamente, hoje esta porcentagem cairia para 10%”. E temos que admitir que hoje dependemos mais do marketing do que da ação do Senhor. Nos sentimos a igreja de Éfeso assentada nas alturas,mas não passamos da Éfeso do Apocalipse que abandonou o primeiro amor. E apesar da alegria algumas vezes demonstrada, vemos movimento e não avivamento, entusiasmo e pouco arrependimento, fervor...
É triste. Muito triste... Mas como diz Leonard Ravenhill: “Pode haver tumulto sem avivamento, mas não pode haver avivamento sem tumulto”. E este é o nosso clamor, um “tumulto santo”, um toque que nos marque, um transbordar de poder que nos traga de volta aos verdadeiros valores do Reino de Deus e da Sua maravilhosa Presença.
Esta é a nossa motivação como ministério, o despertamento pela Presença de Deus, as ativação dos dons do Espírito no meio da Igreja e o cumprimento de Sua vontade.
Assim o ministério Transbordando na unção vem por meio da adoração das ministrações e da Palavra servir a Igreja e trabalhar para sua edificação.

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