terça-feira, 20 de julho de 2010

Quem incendiará a terra?

"Vim lançar fogo à terra; e que mais quero, se já está aceso?
Há um batismo em que hei de ser batizado; e como me angustio até que venha a cumprir-se!
Cuidais vós que vim trazer paz à terra? Não, eu vos digo, mas antes dissenção:
pois daqui em diante estarão cinco pessoas numa casa divididas, três contra duas, e duas contra três; estarão divididas: pai contra filho e filho contra pai; mãe contra filha e filha contra mãe; sogra contra nora e nora contra sogra." (Lc. 12: 49-52)

Não sei como a igreja do nosso tempo pode admitir que Cristo tenha dito algo assim?
Também não sei como o Criador pode nos tolerar, por tanto tempo sem nos vomitar de Sua boca?
E tudo porque pecamos...
Tiramos Deus de Seu lugar... Deixamos de lado Sua vontade... Suavisamos Sua angustia. E tudo para que as pessoas se sintam bem...
A nossa Teologia de prosperidade e triunfalismo inverteu os papeis. O réu bate o martelo e o Juiz senta-se em seu lugar... É mais ou menos assim que tudo funciona. E o pior, a culpa da igreja não é menor do que a dos pregadores. Mas nem sempre foi assim.
Elias era um homem semelhante a nós. Mas ele em nada se assemelha aos profetas atuais. Ao contrario de Elias, eles estão preocopados em amaciar o ego dos pecadores e se esqueceram da mensagem que liberta. É bem certo que o grande profeta não pestanejou ao dizer ao povo que só o SENHOR é Deus. Ele não se importava se "sua igreja" o seguiria, as pessoas não precisavam se agradar de sua mensagem e aqueles que se juntaram aos idolatras foram mortos ao fio da espada. Da mesma forma as palavras de João Batista eram cortantes como faca e penetrantes como "espada de dois gumes". As multidões se amontoavam para ouvi-lo. As pessoas saiam da cidade para ourir a "Voz do que clama no deserto". E o mais incrivel é que elas não eram desafiadas a ganhar, mas a deixar. Não havia alguém gritando que elas precisavam vencer, antes disso elas tinham que perder...
Estes homens eram estranhos, eles não seguiam assim como os outros, o curso do seu tempo. Não eram belos e nada havia que aparentemente pudesse atrair pessoas a eles. Mas havia algo. Eles falavam a verdade. Não é repetitivo dizer que eles não teriam lugar garantido nos pulpitos de hoje e nem mesmo Jesus Cristo o teria. Porque seriamos aterrorizados pelos fogo de suas palavras, de seus olhos, de seus corações...
É triste pensar que a igreja atual se reúne apenas para que algo lhe faça sentir bem e o arrependimento fica do lado de fora. Falar sobre o inferno é proibido porque alguém pode se sentir ofendido e não retornar mais.
O desejo de ser aceito não deveria atormentar o coração de um pregador, mas o fogo do inferno sim e o clamor das almas também. Pois "uma verdade que não pode ser dita não vale a pena ser vivida!!!" E é claro que nós não queremos cumprir a vontade do Pai, assim como Cristo o fez. Não queremos arriscar nossas cabeças, posições e status pela verdade. Afinal quem neste tempo quer ser conhecido por atear "fogo à terra".
A verdade é que não sei responder à pergunta que ecoa por séculos, como escaparemos nos (primeiro os pregadores) se "negligenciarmos" tão grande salvação.
Que o fogo volte a arder em nossos corações!!!

Seguidores